Chorão: Marginal Alado
Charlie Brown Jr. foi uma banda que deixou uma grande marca. Isso é inegável. O grupo, de forte associação com o universo do skate, nos deixou uma sucessão de hits que, com todo mérito, ainda são são amplamente reproduzidos e cantados, como “Só os loucos sabem”, “Proibida para mim”. A lista é extensa.
No entanto, o documentário “Chorão: marginal alado”, exibido na Netflix, além de mostrar os bastidores da banda: shows, brigas, o sucesso e a queda, por exemplo, apresenta também o processo do criativo do vocalista e grande responsável pela idealização das músicas.
Chorão, um talento indiscutível, era um letrista de mão cheia. O documentário mostra como, para ele, a composição de letras e das músicas era um momento muito especial e valorizado pelo artista. Bastava uma caixa de pizza e uma caneta para Chorão compor mais um hit.
Embora tivesse cursado até a 7ª série, Chorão tinha um repertório cultural bem amplo, sobretudo, alimentado por filmes e pelas circunstâncias da vida, que, por sua vez, colaboraram para transformá-lo em um artista singular e complexo. As músicas materializaram sua sensibilidade e capacidade inventiva.
Fica a dica de um bom filme para relacionarmos com alguns conceitos da criatividade, bem como compreender como a pratica constante aprimora o potencial de cada um.